Entenda melhor o que são e como passam a afetar as compras online
No início do ano, publicamos um artigo intitulado “O que esperar do e-commerce em 2022?” Dois dos pontos abordados são justamente o metaverso e as NFTs. Mas, como elas realmente podem influenciar nas vendas online? O relatório Hype Cycle for Emerging Technologies, lançado recentemente pela Gartner, identifica NFTS (tokens não fungíveis) como uma das principais tecnologias emergentes, estimulando a inovação por meio de confiança, crescimento e mudança. Entusiastas de NFT e aficionados de criptomoedas ficaram mais do que animados por conta de anúncios de gigantes como Visa e Facebook (agora Meta). E isso é só o começo.
Vendedores e marcas já estão entrando no metaverso lançando projetos de NFT ou comprando terrenos em mundos virtuais, como The Sandbox e Decentraland. A realidade é que muitas marcas e proprietários de NFT só não estão ainda no metaverso porque ele está sendo construído. Essas empresas estão explorando mundos digitais, claro, mas não podemos ter vários “metaversos”. Ou podemos?
A entrada da Visa no metaverso com a compra do CryptoPunk foi logo seguida pela decisão do Facebook/Meta de incorporar recursos NFT na carteira Novi. O Novi, com recursos NFT, provavelmente dará um grande impulso aos objetivos do metaverso do Facebook. Porém, o fato de ainda estar em seu início levanta questões que podem ser respondidas pelas próprias empresas, dependendo do quão rápido elas se interessem pelo tema.
NFT e o novo comércio eletrônico
Dito isso, como será esse metaverso? Poderia ser um shopping virtual com marcas proprietárias de imóveis, ou mesmo uma versão web3 do Second Life, o mundo virtual visionário criado em 2003. O nome metaverso, aliás, surgiu pela primeira vez no romance de Neal Stephenson, “Snow Crash”, em que seu significado pendia para uma perspectiva um tanto quanto distópica. Seja como for, é bem provável que este mundo sem limites não seja focado nas ideias finitas de comprar roupas virtuais ou terras que estão sendo propagadas atualmente, mas algo além.
Dentro dessa perspectiva, o e-commerce, como uma plataforma de negociação que permite que as pessoas comprem e vendam coisas usando um meio digital, como a internet, não tem como ser dissociado da novidade. No mundo criptográfico, a ideia de usar NFT em portais de comércio eletrônico já é um assunto importante. Isso porque vários sistemas de comércio eletrônico começaram a desenvolver implementações de NFT.
A integração de NFTs em portais de comércio eletrônico, entretanto, parece ser uma barreira para o próprio sistema. Como e-commerce depende principalmente da troca de itens reais e o token não fungível é uma moeda virtual, os dois são completamente contraditórios. No entanto, este procedimento de fusão abre várias perspectivas de receita para as empresas.
Potencializando o conceito de vendas
O conceito do metaverso tem potencial para ser qualquer coisa, mas neste momento, em sua infância, grandes empresas de tecnologia como a Meta, ex-Facebook, estão procurando como usar sua enorme infraestrutura e influência para construir o que desejam. No momento, o “metaverso” que se encaixa na definição de uma internet web3 verdadeiramente 3D. Isso alavanca o conceito de vendas justamente porque as NFTs ainda não possuem limites.
As NFTs desempenharão um papel fundamental no crescimento deste novo universo, assim como na promoção de uma situação vantajosa para ambos os curadores e colecionadores. A gigante chinesa de comércio eletrônico, Alibaba, lançou um mercado NFT para negociação de direitos autorais. O mercado permitirá que os detentores de marcas ou patentes negociem NFTs que representem propriedade intelectual. E isso é só o começo.
A mobilidade de NFTs provou ser um recurso valioso para as empresas, e a fusão de NFT em plataformas de e-commerce fornece às empresas opções muito lucrativas. Espera-se que, em um futuro próximo, consumidores aproveitem o mundo dos NFTs com muito mais vantagens. A justificativa para essa previsão é simples: NFT é uma rede dinâmica, permitindo que ativos e mudanças naturais na indústria de e-commerce possam ser feitas sempre.
Muitos especialistas afirmam que o metaverso é inevitável. No meu caso, tenho a certeza de que já é uma realidade. Assim, veremos uma nova classe de construtores do mundo digital – artistas, desenvolvedores, jogadores, estrategistas e contadores de histórias – criando storytellings para marcas que desejam mais opções não apenas de vendas, mas de contato com seus clientes. O momento para as marcas criarem experiências imersivas e omnichannel é agora.