A chamada Web 3.0 deve mudar o comércio online nos próximos anos.
As vendas online no Brasil aumentaram exponencialmente nos últimos anos. Hoje uma realidade, o e-commerce no país continua crescendo cada vez mais. Muito disso se deve também ao fato de cada vez mais brasileiros possuírem acesso à internet e aparelhos como tablets, notebooks e smartphones, entre outros. Isso não significa, porém, que a forma como compramos online não irá evoluir em breve. Ao contrário, o conceito de uma web descentralizada pode levar a novas formas de comércio eletrônico.
A Web3, também conhecida como Web 3.0, é um termo cada vez mais popular. As consultas no Google das duas expressões atingiram o pico no início de dezembro de 2021, com volume de pesquisa cerca de 20 vezes maior do que apenas um ano antes. Dado esse aumento no interesse, o conceito de tendência da Web3 é uma ideia que os proprietários e gerentes de e-commerces devem entender desde já. Isso porque, se amplamente adotada, a Web3 pode facilitar grandes transações de comércio online, impactando a todos.
O que é Web3?
Em termos gerais, Web3 refere-se a um ecossistema online descentralizado baseado no blockchain (um livro-razão digital descentralizado, distribuído e muitas vezes público que consiste em registros chamados blocos). Plataformas e aplicativos criados na Web3 não serão de propriedade de um gatekeeper central, mas sim de usuários, que ganharão sua participação ajudando a desenvolver e manter esses serviços.
Ou seja, se a A Web 1.0 facilitou o compartilhamento de arquivos e informações estáticos (a web “somente leitura”) e a Web 2.0 adicionou interatividade e mídias sociais, permitindo que praticamente qualquer pessoa criasse e compartilhasse conteúdo, a Web 3.0 reimagina os aplicativos da Web de uma maneira que dilui a autoridade. Ela verifica a identidade e a intenção e cria um conjunto de ferramentas melhor e mais sustentável para que todos compartilhem e usem.
Consumidores querem controle e conveniência.
A Web3 deve mudar a cara do comércio online. No entanto, essa tecnologia não se limitará apenas às empresas que desejam usá-la. Na verdade, aqueles que não atualizarem suas plataformas de e-commerce para aceitar criptomoedas e NFTs em um futuro breve provavelmente perderão negócios à medida que as atuais formas de pagamento podem se tornar ultrapassadas.
Os consumidores querem controle sobre suas compras e querem conveniência. A tecnologia Blockchain inevitavelmente permitirá ambos. Hoje, os aplicativos Web2 exigem confiança, mas nem sempre a merecem. Em contraste, o Web3 foi criado para ser confiável. Sua estrutura pressupõe que nenhum indivíduo ou organização sejam confiáveis, portanto, verifica a identidade e a intenção sempre. Isso garante mais segurança e, consequentemente, mais conveniência.
O uso de criptomoedas em lojas online, por exemplo, poderá se tornar tão comum quanto aceitar Visa, Mastercard e PayPal. A Web3 descentraliza os aplicativos da mesma maneira que as criptomoedas descentralizam o dinheiro. De certa forma, a Web 3.0 pretende ser a solução ideal para os problemas de segurança, privacidade e confiança na atual web interativa e social. Mais controle, portanto.
Smart Contract e novos modelos de negócio
Com a Web3, outras possibilidades de negócios também já passam a ser realidade. Os “contratos inteligentes”, ou Smart Contract, são um componente crítico de muitas plataformas e aplicativos que estão sendo construídos usando blockchain ou tecnologia de contabilidade distribuída. O termo é usado para descrever o código de computador que executa automaticamente todo ou parte de um contrato e é armazenado em uma plataforma baseada em blockchain.
Contratos inteligentes têm sido usados para criar uma infinidade de instrumentos financeiros, mas também fornecem ajuda para empresas de logística, empresas farmacêuticas e outros negócios para fornecer status determinados e reconhecíveis em processos definidos. Assim, o blockchain não é mais apenas sobre bitcoin ou criptomoeda. Trata-se de remover o atrito de qualquer processo relacionado a transações, incluindo o processo de chegar a acordos contratuais.
Do ponto de vista comercial, diz respeito a automatizar partes de organizações em empresas estabelecidas, especialmente em instituições financeiras no centro do ambiente global de transações. O sucesso do blockchain do bitcoin foi fundamental para isso, pois fez com que a comunidade empresarial percebesse que um ambiente de transações amigável à automação em um ambiente aberto poderia ser protegido e funcionar de forma confiável ano após ano.
O novo passo da compra online
A Web 3.0, portanto, se organizará em torno de dois elementos diferentes: contexto e usuário. Por “contexto”, entende-se a intenção que o leva à Web, sua razão de navegar. Procurar emprego, por exemplo, é o “contexto”, assim como planejar uma viagem ou comprar roupas. O que é fundamental para o contexto, assim, é o usuário. Quando você une um usuário específico com um contexto genuíno, acaba possuindo um serviço verdadeiramente personalizado.
Dessa forma, ao planejar uma viagem para Roma, você irá procurar também um hotel que esteja dentro de uma região específica que queira, mas que não seja grande e impessoal, por exemplo. Isso já exclui algumas opções. Você quer pousadas menores, com charme, aconchego, personalidade. Para isso, precisa de um agente de viagens online que possa entender suas necessidades e preferências e encontrar não apenas o hotel certo, mas restaurantes, boutiques e shows realmente interessantes, todos alinhados ao seu gosto.
Em um mundo Web 3.0, então, um agente de viagens personalizado irá ajudá-lo a encontrar e reservar um itinerário altamente personalizado, aproveitando todo o poder das gerações anteriores de tecnologia da Web, como pesquisa (genérica e vertical), construção de comunidades, conteúdo e comércio.
A filosofia por trás da Web3, portanto, é que os direitos dos criadores ou desenvolvedores de lucrar economicamente com esse trabalho são incorporados à estrutura da Internet, dando a eles a capacidade de monetizar todas as atividades online por meio do blockchain, o que inclui a personalização aprimorada dos serviços. A Maeztra. por sua vez, já atua para oferecer experiências cada vez mais personalizadas e precisas, com uso de UX e UI Design, além de CRO.
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